O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, participou nesta segunda-feira, 27 de outubro de 2025, de um evento do PSD em Belo Horizonte, marcado pela filiação do vice-governador Mateus Simões ao partido comandado nacionalmente por Gilberto Kassab.
Durante o encontro, Zema afirmou que a aproximação política entre o Novo — legenda à qual é filiado — e o PSD tem como objetivo formar um bloco eleitoral capaz de impedir o retorno do PT ao comando do estado. “A união é para evitar a volta do PT”, declarou o governador ao lado do vice recém-filiado.
Zema também elogiou Simões por sua atuação técnica na administração pública, reforçando a preparação do aliado para disputar o governo de Minas em 2026.
A presença de Gilberto Kassab reforçou o gesto político de expansão da base. O presidente do PSD vem articulando candidaturas competitivas em diversos estados como parte do projeto da legenda para as próximas eleições gerais.
O que está em jogo
A movimentação de Zema e Simões representa um passo importante para a sucessão governamental, antecipando palanques e alianças que poderão definir o futuro do principal colégio eleitoral do país depois de São Paulo. A entrada do vice-governador no PSD tende a reposicionar forças políticas regionais e dificultar a estratégia de adversários.
Analistas consideram que a parceria pode ampliar tempo de televisão, capilaridade municipal e articulação com o Senado e a Câmara dos Deputados, fortalecendo o grupo político do governador em um estado historicamente decisivo.
Opinião Editorial
A entrada de Mateus Simões no PSD é mais que uma troca partidária: é o primeiro grande lance na disputa pelo comando de Minas. Quando o governador sobe ao palco para endossar seu sucessor, ele não apenas sinaliza seu projeto de poder, mas define quem estará ao lado dele na construção do futuro do estado.
Se a política mineira sempre foi marcada pela moderação e pelo pragmatismo, a fala de Zema ao justificar a aliança “para evitar a volta do PT” mostra que a disputa de 2026 começará intensa.
Minas merece uma campanha com propostas sólidas e debate público qualificado — não apenas o jogo do “quem contra quem”. O que está em jogo é o rumo de um estado que costuma determinar o rumo do país.
