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Desaprovação ao governo Lula chega a 53,8%

Uma pesquisa nacional do instituto Futura Inteligência, encomendada pela ApexBrasil e realizada entre 16 e 21 de outubro, mostra que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é desaprovado por 53,8% dos brasileiros. A aprovação está em 40,7%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 2.000 entrevistados em todas as regiões do país.

Os números indicam que a desaprovação ultrapassa a aprovação, consolidando um cenário em que a maior parte da população avalia negativamente a condução do governo. Além disso, quando a pergunta é sobre a avaliação pessoal do presidente, 44,9% classificam Lula como “ruim” ou “péssimo”, enquanto 32,9% o consideram “bom” ou “ótimo”.

A pesquisa também mostra desgaste acumulado ao longo dos últimos meses. Levantamentos anteriores registravam aprovação pouco acima de 42%. Agora, mesmo dentro da margem de erro, a tendência é de recuo. A desaprovação, que variava entre 48% e 51%, ultrapassou a marca de 53%, consolidando a insatisfação como percepção dominante.

Analistas políticos atribuem essa piora a fatores como aumento da sensação de insegurança, pressão sobre o custo de vida, insatisfação com serviços públicos e disputas políticas contínuas no âmbito federal. A economia aparece como o componente de maior impacto na opinião pública, especialmente em relação a preços de alimentos, combustíveis e renda do trabalhador.

O resultado também tem implicações para o ambiente eleitoral de 2026. Presidentes com índices de desaprovação acima de 50% enfrentam maiores dificuldades em transferir apoio para aliados e em negociar com o Congresso. Em regiões industriais como o Grande ABC, onde o peso econômico e social é sensível, o impacto dessa percepção tende a ser ainda mais direto nas bases de apoio.

Apesar da queda no apoio, os 40,7% de aprovação representam uma base relevante, suficiente para sustentar agenda governamental e articulações partidárias, ainda que com desafios crescentes. No entanto, a desaprovação majoritária pressiona o governo a ajustar discurso, política econômica e comunicação pública.

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