Deputado brasileiro participa de encontro reservado em Mar-a-Lago, reduto político do ex-presidente dos EUA
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) está participando de um encontro exclusivo no Mar-a-Lago, resort particular do ex-presidente Donald Trump, na Flórida. O evento, descrito como um retiro estratégico da direita internacional, reúne políticos conservadores, influenciadores e financiadores ligados à rede do CPAC, principal movimento organizado da direita global.
A reunião, chamada “CPAC Circle Retreat and Gala”, é considerada mais restrita e seletiva que a convenção anual do CPAC. A participação é sob convite, e inscrições independentes podem ultrapassar US$ 7,5 mil — sinalizando caráter de articulação de alto nível.
Presença não é turística — é política
Relatos indicam que Eduardo Bolsonaro foi convidado a discursar, reforçando sua posição como elo entre a direita brasileira e o trumpismo. Também participa o comentarista Paulo Figueiredo, figura próxima dos círculos de estratégia da direita nos EUA. Ainda não há confirmação de que Donald Trump participará de todas as sessões, mas o simbolismo político da presença de Eduardo em seu resort é evidente.
Por que isso importa para 2026?
A visita ocorre em um cenário em que:
- A direita brasileira busca reorganizar lideranças após rupturas internas;
- Trump volta ao centro da disputa política nos Estados Unidos;
- E o PL avalia nomes competitivos para manter relevância nacional.
Eduardo Bolsonaro é, hoje, uma peça-chave no tabuleiro da direita globalizada — ele é:
- Ligação diplomática informal com a família Trump;
- Interlocutor internacional do bolsonarismo;
- Referência da base digital conservadora no Brasil.
Ao se inserir novamente no circuito de altas articulações conservadoras, Eduardo sinaliza movimento estratégico.
Leitura política
A participação em Mar-a-Lago funciona como:
- Sinalização de força interna (para o próprio PL),
- Plano de manutenção de relevância,
- E ensaio de posicionamento para 2026 — seja para disputar, apoiar ou influenciar chapas majoritárias.
Mesmo que Eduardo não seja o nome cabeça de chapa, sua presença no retiro o coloca como articulador nacional com respaldo internacional, um ativo valioso em ano pré-eleitoral.
Opinião
A ida de Eduardo Bolsonaro ao retiro no resort de Trump não é casual, tampouco simbólica apenas:
Ela reacende a ponte estratégica entre a direita brasileira e o núcleo duro da direita norte-americana. Se é plano presidencial, formação de alianças ou reposicionamento discursivo, ainda veremos.
Mas uma coisa é certa:
O tabuleiro de 2026 já começou a se mover.









