Estados Unidos e China avançam em acordo que revê exportações chinesas de minerais e trava implementação de tarifas
Os Estados Unidos e a China chegaram a um esboço de entendimento que inclui a suspensão planejada de tarifas americanas e o adiamento dos controles de exportação chineses sobre terras raras — minerais-chave para indústrias de alta tecnologia. Segundo a agência Reuters, autoridades dos dois países disseram que esse quadro será levado para aprovação pelos presidentes Donald Trump e Xi Jinping. Reuters+2Reuters+2
O acordo visa anular a ameaça de uma tarifa de 100% que os EUA planejavam impor sobre produtos chineses em 1º de novembro, além de retomar as compras chinesas de soja norte-americana. Por sua vez, a China aceitou adiar a implementação de seu regime de licenciamento sobre terras raras por cerca de um ano. Reuters
Minerais estratégicos e equilíbrio comercial
As terras raras são indispensáveis para fabricação de ímãs, baterias, semicondutores e tecnologias de defesa. A China domina aproximadamente 90% da produção mundial e usava esse domínio como ferramenta de poder geopolítico. A nova fase de negociação busca equilibrar o fornecimento e reduzir a vulnerabilidade dos EUA a restrições futuras. Reuters+1
Especialistas apontam que, ao garantir acesso mais estável às terras raras, os EUA podem fortalecer sua cadeia industrial interna e reconfigurar parte da logística internacional de componentes.
Relevância para o Brasil e para o Via Política News
Esse acordo entre as duas maiores economias do mundo reverbera além dos EUA e da China. Para o Brasil e regiões como o Grande ABC, em São Paulo, o panorama se traduz em oportunidades e desafios:
- Pode abrir espaço para exportação de minerais ou componentes brasileiros destinados a cadeias globais de tecnologia.
- Torna ainda mais relevante o investimento nacional em mineração, cadeia de valor e tecnologia de precisão.
- Exige monitoramento das mudanças de rota de suprimentos internacionais para que o Brasil possa se posicionar como alternativa estratégica.
O que vem a seguir…
O próximo passo será a reunião de Trump e Xi durante a cúpula da Asia‑Pacific Economic Cooperation (APEC) Summit na Coreia do Sul, onde o acordo poderá ser formalizado. Apesar do tom otimista, a China se mostrou cautelosa e afirmou que analisará internamente os termos antes de concluir o pacto. Reuters
Caso o entendimento avance, o impacto será sentido no comércio global, nas cadeias tecnológicas e nas estratégias de inovação dos países envolvidos. O Via Política News seguirá essa agenda de perto, trazendo os desdobramentos que afetam a economia e a indústria.









